Bye buy, Noel.

Compre, compre, compre.
Sorry, Noel, mas pra mim deu. Fui. Já era. Cansei. Vaza! Entenda, meu bem. Não é só porque você se tranformou num crápula dinheirento, vendido ao capitalismo, um ninfomaníaco que só quer saber de consumir, consumir, consumir. E nada de gozo. Quanto mais, menos! quanto mais, menos! já alertava o vieux Debord.

Não, meu velho.  Não é só porque você não é mais aquele homem com quem me iludi nos anos 50. É porque você não é mais humano, Noel.

Beba, beba, beba.
Confesso que desde o começo achava você um sujeito meio esquisito, com essa barba ridícula, essa roupa escandalosa que não lhe assentava bem e ressaltava ainda mais sua barriga. E aquelas peles falsas arranhando o pescoço e arrematando o casaco, o chapéu, num calor de 40 graus? Ridículo, véi! Eu fingia que não via pra não magoar você, mas, pffff! Não tem outra palavra, cara. Ri-dí-cu-lo!

E ainda tinha gente que ia sentar no seu colo e fazer gugu-dadá presente? Fala sério! Contar segredos de liquidificador no seu ouvido peludo em troca de mercadorias? E você com aquela cara de Papai Noel sem saco só no din-don, enfiado até as orelhas em compromissos sempre apenas e tão somente financeiros? Tô fora, cara.  Pode riscar ali o meu nome do seu I-phone.


Isso é que não é!
Até porque, meu véio, você não passa de uma invenção da Coca-Cola roubada de um São Nicolau, lembra? E pra vender o quê? Amor? Família? União? Compreensão? Caridade? Não! Pra vender mais Coca-cola, claro!

Você é feito aquelas aves usurpadoras de ninho que aproveitam que o dono foi dar uma voadinha e se instalam, Noel. Você sentou a sua bunda gorda na cadeira delicada e modesta de um menino chamado Jesus. E de lá não mais saiu. O aniversário era dele, a festa era dele, o oba-oba era pra ele, mas depois que você enfiou esse seu corpanzil no meio, o garoto foi cada vez mais sendo sufocado por sua presença tonitroante e já quase ninguém mais lembra do guri. Je...o quê?

Nossa Senhora é Lady Gaga e São José é o Michel Teló.  Ai, se eu te pego, Noel! E os anjinhos que antigamente cantavam no presépio se transformaram em um coro de Simones tautológicas nos atormentando em todos os alto-falantes com Então é Natal. E não vou nem falar do nojo que peguei de Jingobéus.

100% fake.
Aliás, já que toquei no assunto, soube também que essa história de 25 de dezembro ser o nascimento de Jesus também é outra falcatrua, dessa vez inventada pela Igreja Católica de prisquíssimas eras que, muy espertamente, se apropriou da data de celebrações pagãs do solstício do inverno para neutralizar as indesejadas manifestações populares não-cristãs, redirecionando-a para elegias ao seu discurso.

Por tudo isso, Noel, a felicidade do Natal virou essa coisa rivotrílica prozaquenta, ansiosa, deprimente, nervosa, estressante, endividante, com o mesmo feitio fake coca-cola que inventou você: é um líquido preto sobre as nossas cabeças, nos obrigando todos a sermos felizes de mentira.

Não, não e não. Tô fora. Noel na minha vida, agora, só o Rosa.
( Graça Craidy)

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Ela sou Eu.

Não sei se você já assistiu ao filme Ela, do diretor Spike Jonze, que ganhou Oscar de Melhor Roteiro 2014.  Conta a história de um solitário escritor profissional de cartas pessoais (Joaquin Phoenix) que se apaixona por um sistema operacional. Sim! isso, mesmo: um sistema operacional, tipo um aplicativo, um app com voz de mulher, chamado Samantha (Scarlett Johansson). Ele conversa com a Samantha, passeia com a Samantha, vai à praia, a concertos e até faz sexo com ela, auxiliado por seu smartphone, desses que se encaixa na orelha. Tudo só acontece ali, ao pé do ouvido.

É um belo filme. Quando a gente vê, está envolvida em uma delicada história de amor de intensa afinidade e mútua compreensão, absolutamente terna,  divertida e improvável, torcendo pro mocinho ficar com a mocinha - ops! com o sistema operacional - no final.

Até a hora em que você toma distância e se dá conta de que o filme, na verdade, é uma melancólica metáfora  dos tempos atuais, do indivualismo exacerbado, que o filósofo Gilles Lipovetsky chamou de hiperindividualismo. O sujeito autocentrado que, com a frouxidão das antigas amarras éticas e morais da igreja, da família ou da própria sociedade e, ciente de que não existe mais aquele futuro com final feliz das grandes utopias do século XX,  se sente no direito de moldar o mundo conforme le gusta. 

E a medida, na medida do possível, é uma só: o seu umbigo. E aí cada um exercita a primeira pessoa do singular sem a menor modéstia e indisfarçável prepotência, perdendo totalmente a noção de alteridade, o Outro apenas uma palavra que se reveste claramente de inferno, como Sartre chamou,  visto que do lado de lá também habita um Um, com seu umbigo, seus desejos, sua intolerância, sua impaciência, sua cegueira a qualquer coisa que não seja seu bem-estar e estar bem. 
Por que o escritor solitário que acabou de sair de um casamento com Outra com quem não conseguia mais se relacionar, só consegue se dar bem com uma Samantha Sistema Operacional? Bingo! Porque a Samantha, no caso, é ele, mesmo. Programada a partir dos seus quereres, suas necessidades, seu universo. A Samantha não é nem um alterego. É o próprio ego. Como não gostar de quem pensa exatamente como eu, sente exatamente como eu, deseja exatamente o que eu desejo? Não dá serviço nenhum, não há embates, corre que é um riacho manso.

Todo dia a gente se depara com comportamentos na nossa sociedade atual que reforçam esse sentido de autocentrismo impaciente, de tal maneira que nos enfiam goela baixo toda hora seus Eu! Eu! Eu! e recebem de volta nossos Eu! Eu! Eu! numa briga de mudo com surdo que não chega a lugar nenhum. E a tecnologia é a grande aliada dessa lambeção de umbigo. O celular, hoje chamado de telefone inteligente, na verdade,  é um abduzidor do tempo e da realidade que nos deixa meio burros. As pessoas não conseguem mais nem sentar pra comer uma linda refeição sem ficar de olho na telinha do whats-app pra ver o que vem a seguir, numa sofreguidão pelo novo, pela necessidade de dominar o relógio, de estar up-to-date, que não preenche a fome nunca porque o novo que chega sempre é requentado, pífio, raso, pequeno, paroquial, efêmero, medíocre, midiatizado, espetaculoso. E tem a selfie que substituiu o autógrafo e a selfie pós-coito e a selfie da estante de livros e a selfie da bunda e a selfie, qualquer dia desses, do colo do útero e do intestino delgado, a julgar o andor da carroça.

Outro dia me deparo com a notícia de uma fotógrafa britânica que casou, de véu, grinalda, festa, juiz, buquê e tudo....com ela mesma! Santo deus! Dai-me Liquid Paper pra apagar tanta bobagem. Mas, não. Não é bobagem. Os dias tem sido cada vez mais assim e não se sabe onde tudo vai dar. Enquanto isso, tenho me exercitado para não estar nem aí porque pós-moderna que sou também me tornei uma hiperindividualista e, como dizia meu pai, Mateus, primeiro os meus. (Graça Craidy)
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Selfies à cata de si.

Em busca de notoriedade a todo pano.
Eu! Eu! Eu!

Não pode ser mais egocêntrica, tediosa e retrato descarado do tempo atual autolambente de umbigo que a moda de selfie grassando em todo e qualquer espaço, da praça pública aos lençóis das alcovas recém mergulhadas nos gemidos de múltiplos orgasmos.

Li hoje uma nota bizarra sobre selfie na capa de um desses portais de internet que misturam notícias com bobagens no mesmo embalo visual e de tratamento de texto, de tal maneira que você volta e meia se pega lendo uma estultície acontecida dentro de novela, de reality-show, de Instagram ou de viral de You Tube como se fosse, de fato, acontecimento relevante e fundamental para a sua vida. 


Até tu, Obama?
(Lembrei dos sapientíssimos filósofos Jean Baudrillard e Guy Debord, que apontam, entre outros insights: um, não importa mais se a notícia é verdadeira ou falsa, apenas que ela esteja no ar - diz Baudrillard; e, dois, não há mais História: a única história que vige ainda é a da humanidade patinando emburrecida na falsa história do consumo, da propaganda - no caso da selfie, digo eu, da propaganda de si - e que o único novo na História é o Novo! de lançamento de produtos - diz Debord. Pífia novidade.)

A notícia bobajosa do tal portal dava conta de que o último grito, a coisa mais atual e atrevida e pós-moderna e de vanguarda em matéria de selfies, agora, é publicar nas redes sociais a selfie do casal imediatamente após o clímax de suas investidas sexuais. 


 Gozou, fotografou, postou! 

Ui! O meu gozo é mais bonito do que o seu. Ai! O meu gozo é mais gozado que o seu. Ui! O meu gozo contém mais espermatozóides, flavonóides, molóides e bestóides que todos os outros gozos. 
Semen, suor e celular.

Olhei a foto estarrecida com a notícia e o que vi me deixou mais estarrecida ainda: um casal normal, nem bonito nem feio, com a deslavada cara do mais paquidérmico bovino e bovina, posava com um leve ar cansado e sem o mínimo dos mínimos sex-appeals, conquistando seus 15 minutos de fama à custa de semen, suor e celular.

Deus meu! Mas essa gente nunca mais na vida vai parar de expor seus avessos nas redes sociais? Nunca mais vai parar de botar a bunda na janela pra um vir e passar a mão nela, como cantava o Gonzaguinha?,

Não. Nunca mais. Senta e chora. 

Todo mundo já revelou se é gay, hetero, casto, hermafrodita ou se não tá nem aí pra sexo. Todo mundo já fotografou a comida que come, o dejeto que dejeta, o cachorro, o pai, a mãe, o sushi, o churrasco, a florzinha. Até retratinho de criança que ainda nem nasceu foi pra porta-retrato. E nós todos estamos ficando com o braço cada vez mais comprido, aleijados de tanto selfiezar.


Manipulados pela Samsung.
Ellen DeGeneres, a sem-graceza em pessoa da humorista americana que apresentou o Oscar este ano, se achou a mais engraçadinha do planeta. 

Não bastou mandar trazer pizza pra comer com a mão e engordurar os Armanis, Guccis e quetais das musas do cinema. Culminou a sua pseudo intimidade e falsa informalidade performática convidando famosos para uma selfie patética onde celebridades do mais alto nível como a maravilhosa Meryl Streep, o fantástico Kevin Spacey, mais Brad Pitt e Julia Roberts, entre outros, se acotovelavam ridiculamente pra sair na foto, pra parecer que são cool como a sem-cerimônia do Oscar queria fazer de conta. 

Parecia cool. Mas, tudo na verdade não passou de uma armação da Samsung, patrocinadora da cerimônia, para promover o seu novo smartphone. 

Debord na cabeça!
Da praça pública aos lençóis

Selfie, aliás, tão ridícula que virou meme já no minuto seguinte, multiplicada em centenas de bobagens para sublimar o riso que já nem se sabe mais se é de dentes ou esgar.

Estamos feito cachorros mordendo o próprio rabo, em busca de uma notoriedade a todo pano, talvez porque o que andamos colhendo dos nossos dias não mata nossa fome. 

Então, é preciso escarafunchar no ego, no id, nas tripas, selfiezando a vida pra ver se um alien rasga nossas vísceras e sai de dentro trazendo sangue de verdade e nos fazendo, quem sabe, de novo humanos, desconsumizados de nós mesmos. Argh! (Graça Craidy)

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Os pecados da carne e as testemunhas do antijeová


Então, você acha, mesmo, que a Gisele Bündchen lava o cabelo com o shampoo Pantene e assina a TV a cabo Sky? Ou que a Ana Maria Braga consome toda aquela tralhaiada inútil que anuncia diariamente no seu programa de TV? Ou que a Xuxa - a Xuxa, com aquela grana! - hidrata o corpinho com o simplesinho dos simplesinhos creme Monange? Ou, ainda, que a Hebe Camargo bebia Brahma, o Pele toma Vitasay e o Faustão
paga sem bufar as taxas abusivas de empréstimo do Fininvest? E que o Neymar tem, mesmo, conta no Bradesco, entre outros mil testemunhais dele e de tantos que abundam nas telinhas do Brasil?

Fala sério!

Você sabe muito bem que tudo é rigorosamente mentira e que faz parte de uma histórica farsa de longa data onde anunciante e consumidor são cúmplices silenciosos de uma - diga-se de passagem - mediocrezíssima ficção. Por que agora tantos pudores, esgares, ohhs e ahhhs, justamente com o Rei Roberto Carlos e a Friboi?  


Os motivos, parece, são vários.  

Roberto é um vendido, - acusou um renomado blogueiro jornalista, alegando que o Rei ganhou não sei quantos milhões pra dizer que desvirou de vegetariano pra carnívoro. Que falta de vergonha, tapa na cara de todos os vegetarianos e e veganos do Brasil e do mundo! Falta de hombridade, seriedade, moral. O homem rasgou seus valores por dinheiro, isso não se faz! Bombou Facebook e Twiter. 


Parecia um quadro de Bosch: os rotos esbravejando dos rasgados.




Tamanho moralismo de cuecas e mal disfarçada inveja me fizeram imaginar que havia ali algo muito mais metafísico que físico ou fisiológico.


Me dei conta de que Roberto Carlos é uma espécie de santinho do Brasil. Intocado, puro, sacristão, coroinha. Sempre de plantão no altar do nosso imaginário. Ele é aquele da família brasileira que se imola para todos os outros poderem pecar. Ele fala de Jesus Cristo, de mãe, de Nossa Senhora. 


Ele andou com uma turma da pesada - Erasmo, Tim Maia - mas nunca se conspurcou, nunca se meteu com drogas, bebidas, escândalos. Ele perdeu uma perna num acidente e superou. Ex-votos! Ele é o cara. Ele é o mentor amoroso de tantas gerações. 



Como se atreveu a dizer que voltou a comer carne porque é Friboi? Como se atreveu a descer do sacrário e se vender por inomináveis trinta-dinheiros?


Desconfio que Roberto ocupe o lugar, também, de eterno namoradinho do Brasil, uma espécie de Regino Duarte de calças, baluarte do amor sem mácula, do romantismo que nunca morre, amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores. Tudo no papel, no ouvido, tudo no coraçãozinho com as mãos. 


Porque, francamente, ninguém imagina o Roberto Carlos pelado transando loucamente numa cama, mesmo que ele cante que vai cavalgar a moça e pedir café amanhã de manhã. Não! Roberto Carlos, não. Roberto Carlos é que nem mãe. Não tem sexo. Não tem pecado. É tipo um anjo, Roberto Carlos.


O único pecado que vejo, em tudo isso, é que o comercial de TV é muito ruim, malfeito, mal dirigido, mal roteirizado, mal interpretado. Uma reverenda porcaria, sob o ponto de vista técnico e criativo.



Como idéia, em tese, me parece coerente com todos os outros mentirosos comerciais de testemunhais: Roberto Carlos voltou a comer carne e mente que a carne é Friboi. 


Mentiu, sim, como todos os outros antes dele. Exceção, talvez, ao Zeca Pagodinho, que, parece, sempre bebeu Brahma. Mas que também faltou com a verdade. Antes de testemunhar que bebia Brahma, andou mentindo que bebia cerveja Schin. E, depois, ainda teve a cara-de-pau de dizer - assoprado por Nizan Guanaes - que a Schin era só uma ficante e a Brahma, sim, amor verdadeiro.


O jornalista e humorista Stanislaw Ponte Preta ironizava, nos anos 60: "ou nos locupletamos todos, ou fica instaurada a moralidade".  Cabe pensar, quem sabe, que esta é uma boa hora para instaurar o direito, de fato, e começar a cumprir o artigo 37 do Código do Consumidor (Lei 8078, de 11 de setembro de1990):


 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente                falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade,  propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre  produtos e serviços. 


Leu ali? Qualquer informação, inteira ou parcialmente falsa. Qual-quer. Nem pra Robertos Carlos, nem pra Fribois, Giseles, Anas, Xuxas, Hebes, Pelés, Neymars ou Faustões. Aleluia! Nós, os pobres mortais consumidores telespectadores nos livraríamos, de lambuja, também, de uma praga bem mais que abominável. De propaganda ruim. (Graça Craidy)

Arte do fundo: Hieronymus Bosch, pintor renascentista holandês, sec.15 e 16.
Arte do Roberto Carlos em neon: Nelson Leirner, Adoração, 1961.

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Doce Sebastião.











Sebastião Salgado contém multidões. Toda a humanidade, nos seus olhos. Por suas lentes, os calados falam. A miséria do mundo se estrebucha. Sebastião Salgado rasga as tripas do planeta. Provoca epifanias. Denuncia. Revela o desumano da vida, o diverso do homem, a impiedade, o desamparo, a profunda solidão. Sebastião Salgado grita sem falar. Cada foto sua é um livro de mil páginas. O belo é silencioso e imenso. As mulheres de Sebastião vêm da eternidade e nos cavocam o fundo. Punhal. Sebastião Salgado é um mago. Sebastião Salgado é um mártir. Se imola pra nos salvar. Bendito, tão doce Sebastião! (Graça Craidy)

  

Ondefoiqueuerrei?

Breu. Estamos todos destinados à eterna incompreensão. Aceite. Ou continue aí se torturando ondefoiqueuerrei. Cada um de nós é uma caixa preta inapelavelmente sem chave pra abrir.

No sufras. Não há análise que destranque os mistérios que habitam nossos avessos. Pior. Há quem diga ainda que trazemos bagagens de outras vidas. Mas o inteiro não cabe em palavras.
Cada um de nós é uma caixa preta inapelavelmente sem chave.

Breu. Estamos todos destinados ao mal-entendido. Per omnia saecula saeculorum. E mesmo quando pensamos que o Outro captou, na verdade, ele apenas se rendeu. Acatou o escuro. Se resignou com os blanks eternamente por to fill.  

E mesmo quando você se ilude achando que domina ainda que parte do que o alheio pensa, sente ou quer, vão.  O avesso do Outro é inagarrável. Não-ser. Mero desejo que nunca vai se realizar. Entenda. Não é pra entender. Apenas breu. Muito prazer. Breu. (Graça Craidy)






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DESTAQUE

MEU QUERIDO DEMÔNIO DA TASMÂNIA

Ano passado, passei 40 dias em Roma, estudando pintura e frequentando museus e galerias de arte. Não me lembro em nenhum momento de o nosso ...

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